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VI Congresso Internacional em Estudos de Género no contexto italiano e em língua portuguesa

 

Università degli Studi di Foggia - Dipartimento di Studi Umanistici. Lettere, Beni Culturali, Scienze della Formazione

 

25, 26, 27 de Maio de 2020

O termo estereótipo [do grego stereòs (στερεο), duro, sólido e typos (τύπος), imagem] tem o significado de imagem rígida. É a forma através da qual a nossa mente simplifica o raciocínio e constrói as próprias referências culturais e ideológicas. Para explicar o conceito de estereotipização/categorização podemos recorrer àquela que Lakoff (1987) chama teoria clássica das categorias. Isto é, a convicção de que a categoria é um contentor de coisas/pessoas com características comuns. E não existe nada de mais banal e perigoso – continua Lakoff– como a categorização para definir o nosso pensamento e construir o mundo que nos rodeia.

Sendo uma opinião pré-formada, que se impõe como clichê aos membros de uma coletividade (Piéron, 1977), a aplicação do estereótipo leva-nos a considerar de maneira diferente a mesma atitude consoante o ator envolvido. Isto é particularmente evidente e violento quando falamos em questões de género. Homens e mulheres, desde a infância, são educados através de estereótipos, que criam e recriam expectativas, limitando as liberdades individuais. Referimo-nos, de facto, ao bombardeamento ao qual somos submetidos, durante toda a vida, pelos Mass Media, através da difusão de certas representações sociais que fornecem recursos simbólicos importantes com os quais nos identificamos. A filósofa Teresa de Lauretis (1987) define-os como Technologies of Gender, instrumentos externos a nós e que nos influenciam, contribuindo largamente para a construção da identidade e dos papéis de género.

Os estereótipos de género podem realizar-se dentro dos papéis que lhes são atribuídos (crenças estruturadas sobre as atividades que supostamente cabem ao homem e à mulher), através de traços de género, características psicológicas que se atribuem a cada sexo (António Neto et alii, 1999). Aurelia Casares (2008) lembra-nos que esse termo cria um modelo vazio, uma estrutura de contrastes e relações em que se incluem noções e valores, que podem ser manipulados e utilizados para um devido fim. Existe uma necessidade de nos adequarmos pessoalmente aos estereótipos, correspondendo à necessidade de estarmos socialmente integrados; por isso, esta estabilidade dos estereótipos de género apoia-se num círculo social que produz um mecanismo de retroalimentação existente entre as imagens mentais (símbolos arquetípicos) e as condições reais do homem e da mulher, não sendo este um modelo estável, quando avaliamos cada sociedade (Fabio M. Silva, 2013). Assim, as teorias feministas, os gender studies, os estudos culturais, os movimentos LGBTIQ+, os estudos sobre as mulheres, a teoria queer vêm repensar os papéis de género na sociedade, ressignificando alguns padrões estabelecidos, no sentido de confrontar uma moral conservadora e perpetuadora de certos conceitos fixos.

 

Neste VI Congresso Internacional em Estudos de Género, no contexto em língua portuguesa e língua italiana, acolheremos propostas que se enquadrem nos seguintes tópicos:

  1. A condição feminina no mundo lusófono e italiano: violência, abusos, direitos e desigualdades antes e depois dos movimentos #metoo, #niunamenos e #nomeansno;

  2. Mulheres e escrita na literatura italiana e/ou nas literaturas em língua portuguesa;

  3. Língua, linguagem e género(s) nas línguas italianas e/ou portuguesa;

  4. The Male Gaze: masculino e feminino através o olhar de escritores nas literaturas e Mass Media italianos e/ou de língua portuguesa;

  5. Post-colonial Studies: vozes migrantes nas literaturas italiana e/ou de língua portuguesa;

  6. Além da biologia: identidades trans-género e não binárias;

  7. Feminist, queer e gay’s studies: o estado da arte;

  8. Infância: literatura, educação e estereótipos;

  9. O conceito e a construção da masculinidade e da feminilidade na sociedade lusófona e italiana;

  10. Género(s) e cultura (música, banda desenhada, cinema, artes plásticas sob a ótica do género);

  11. Estereotipização de género e o hate speech nos Mass Media e nos Social Net works;

  12. Controlo e domínio sobre os corpos: prostituição, aborto e gestação de substituição.

 

VI Congresso Internazionale sugli Studi di Genere in ambito italiano e lusofono

 

Università degli Studi di Foggia – Dipartimento di Studi Umanistici.

Lettere, Beni Culturali, Scienze della Formazione

 

25, 26, 27 maggio 2020

Il termine stereotipo [dal greco stereòs (στερεο), duro, solido e typos (τύπος), immagine], ha il significato di immagine rigida. È il modo a cui la nostra mente ricorre per semplificare il raziocinio e costruire i propri riferimenti culturali e ideologici.

Per meglio spiegare il concetto di stereotipizzazione/categorizzazione, possiamo ricorrere a quella che Lakoff (1987) definisce teoria classica delle categorie ovvero la convinzione che la categoria sia un contenitore di oggetti/persone con caratteristiche comuni. E non esiste nulla di più banale e pericoloso - continua Lakoff - come la categorizzazione, per definire il nostro pensiero e costruire la realtà che ci circonda.

Trattandosi di una opinione preconcetta, che si impone come cliché sui membri di una comunità (Piéron, 1977), l’applicazione dello stereotipo ci porta a considerare in maniera differente uno stesso comportamento, a seconda dell’attore coinvolto.

Tutto ciò è particolarmente evidente e violento quando si ragiona di questioni di genere. Uomini e donne, sin dall’infanzia, vengono educati attraverso stereotipi che creano e ricreano aspettative limitando così le libertà individuali. Pensiamo, ad esempio, al bombardamento al quale siamo sottoposti, per tutta la vita, da parte dei Mass Media con la diffusione di certe rappresentazioni sociali che ci forniscono risorse simboliche importanti nelle quali ci identifichiamo. La filosofa Teresa de Lauretis (1987) li definisce Technologies of Gender, strumenti esterni a noi che ci influenzano, contribuendo largamente alla costruzione dell’identità e dei ruoli di genere.

Gli stereotipi di genere possono realizzarsi all’interno dei ruoli che al genere vengono attribuiti (convinzioni limitanti che si strutturano, ad esempio, su ciò che è ritenuto o meno appropriato al genere femminile e a quello maschile) o attraverso i cosiddetti comportamenti di genere, ovvero quelle caratteristiche di natura psicologica determinate dal genere di appartenenza (António Neto et alii, 1999).

Aurelia Casares (2008) ci ricorda che tutto ciò crea un modello vuoto, una struttura di contrasti e relazioni in cui si includono nozioni e valori che possono essere manipolati e utilizzati per uno scopo ben preciso. Esiste una necessità di adeguarci personalmente agli stereotipi e che corrisponde alla necessità di sentirci socialmente integrati. Per questa ragione, tale stabilità è sostenuta da un circolo sociale che produce un meccanismo di retroalimentazione tra immagini mentali (simboli, archetipi) e condizioni reali in cui uomini e donne si muovono. Queste ultime, al contrario, non costituiscono un modello stabile ma profondamente diversificato a seconda dell’ambiente culturale e sociale preso in considerazione (Fabio M. Silva, 2013).

Gli Studi femministi, di genere, di cultura, sulle donne così come i movimenti LGBTIQA+ e le teorie queer danno il loro contributo per ripensare i ruoli di genere all’interno della società, attribuendo un nuovo significato ai modelli imposti per metterli, in questo modo, di fronte ad una morale conservatrice dai concetti fissi e statici.

 

In questo VI Congresso Internazionale sugli Studi di Genere in ambito lusofono e italiano, accogliamo proposte che si inquadrino all’interno delle seguenti linee guida:

 

  1. La condizione femminile nel mondo lusofono e italiano: violenza, abusi, diritti e disuguaglianze prima e dopo i movimenti #metoo, #niunamenos e #nomeansno;

  2. Donne e scrittura nella letteratura italiana e/o nelle letterature in lingua portoghese;

  3. Lingua, linguaggi e genere in italiano e portoghese;

  4. The Male Gaze: il femminile ed il maschile raccontato dagli uomini nella letteratura e nei Mass Media italiani e di lingua portoghese;

  5. Post-colonial studies: voci di donne migranti nella letteratura italiana e/o nelle letterature in lingua portoghese;

  6. Oltre la biologia: identità trans-genere e non binarie;

  7. Feminist, queer and gay’s studies: lo stato dell’arte;

  8. Infanzia: letteratura, educazione e stereotipi;

  9. Il concetto e la costruzione della mascolinità e della femminilità nella società italiana e lusofona;

  10. Genere(i) e cultura: musica, fumetti, cinema, arti plastiche in un’ottica di genere;

  11. Stereotipizzazione di genere e hate speech nei Mass Media e Social Network;

  12. Il controllo e il dominio sul corpo: prostituzione, aborto, GPA.

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